Estudantes de Pernambuco criam solução contra resíduos tóxicos e recebem prêmio nacional 5l5s

Projeto desenvolvido no Sertão do Estado alia saberes tradicionais e ciência para enfrentar impacto ambiental em uma comunidade quilombola 612j4e

Publicado em 12/06/2025 às 11:24
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Uma proposta desenvolvida por estudantes do interior de Pernambuco se destacou nacionalmente por unir conhecimento tradicional, tecnologia e sustentabilidade.

O projeto “Filtropinha: dos resíduos aos recursos”, criado por alunos da Escola Técnica Estadual (ETE) Paulo Freire, de Carnaíba, no Sertão do estado, foi o vencedor do bioma Caatinga no Prêmio Criativos Escola + Natureza, anunciado no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho.

A premiação reconhece projetos escolares que propõem soluções criativas para os desafios ambientais em diferentes biomas do país. Ao todo, foram 1.593 propostas inscritas, com participação de mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores, representando 738 municípios brasileiros.

Problemas ambientais 6a2r3k

A fabricação artesanal de farinha de mandioca é uma atividade tradicional em várias comunidades quilombolas do Nordeste, especialmente em Pernambuco, com forte relevância econômica e cultural.

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No entanto, esse processo gera resíduos potencialmente tóxicos — como a manipueira, líquido amarelado proveniente da prensagem da mandioca — que, quando descartados de forma inadequada, podem contaminar o solo, a água e afetar a saúde de animais e humanos.

Pensando nisso, o grupo formado por quatro estudantes do 2º ano do Ensino Médio — Beatriz Silva, Luana Silva, Angela Santos e Eduardo Oliveira — desenvolveu um filtro de baixo custo a partir de cascas de pinha  e carvão ativado.

O dispositivo foi produzido com o uso da impressora 3D da escola, em parceria com a comunidade quilombola do Brejo de Dentro.

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A proposta foi testada com foco na filtragem da manipueira, e os primeiros resultados indicam redução significativa da toxicidade do resíduo.

O objetivo é tornar o processo de produção da farinha mais seguro e sustentável para famílias como as da comunidade do Caroá, onde vivem duas das alunas envolvidas no projeto.

“Toda a comunidade foi mobilizada e acolheu a proposta, que já demonstrou resultados relevantes nos testes iniciais de filtragem. Agora, buscamos o fortalecimento das ações em rede e a continuidade desse projeto para garantir maior impacto e sustentabilidade a longo prazo em outros territórios”, explica Gustavo Santos Bezerra, um dos educadores responsáveis.

Divulgação | Projeto Filtropinha
Comunidade quilombola do Brejo de Dentro é produtora de farinha de mandioca - Divulgação | Projeto Filtropinha
Divulgação | Projeto Filtropinha
Logo nos testes iniciais no processo de filtragem da manipueira, verificou-se fortes indícios da remoção da toxicidade - Divulgação | Projeto Filtropinha

Participação na COP30 h1967

A edição 2025 do Prêmio Criativos Escola + Natureza selecionou seis projetos, cada um representando um bioma brasileiro.

Além da iniciativa de Carnaíba, também foram premiados trabalhos oriundos da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

Como reconhecimento, cada grupo vencedor receberá R$ 12 mil — sendo R$ 10 mil destinados à continuidade do projeto e R$ 2 mil ao educador responsável.

Os estudantes também participarão de atividades ligadas à Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, que será realizada em 2025 em Belém (PA), e poderão integrar uma experiência promovida pelo Greenpeace Brasil.

“Ao fortalecer projetos criativos e profundamente conectados com as realidades locais, o prêmio reconhece não só soluções para os desafios do presente, mas também formas de garantir um futuro com mais empatia e respeito à natureza”, diz Ana Claudia Leite, especialista em educação e culturas infantis do Instituto Alana.

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Autor 2i2va